Eu mudo, tu mudas, ele muda. Nós mudamos. Mudamos. Eu, meu
marido, nossos pequenos de quatro patas, as plantas e as coisas acumuladas nos
primeiros cinco anos de casamento. Voltamos de uma pacata cidade do sul de
Minas para nem tão agitada BH. Nem tão agitada, mas muito agitada ao nosso
gosto. Aos nossos costumes. Nossa vida de família isolada.
Mudança repentina, feita com sorte, nada se quebrou, nem
molhou. O único problema foi ter ido para casa errada. Esperávamos uma coisa e
foi outra. Do plano A para o B foi um pulo. Um pulo distante, complicado.
Complicado porque todas as coisas ficaram por mais de um mês
desorganizadas nas caixas enquanto a nova casa de destino, muito antiga por
sinal, iniciava uma reforma. Se as caixas de mudanças já são terríveis, imaginem: caixas + reforma + três cachorros na casa errada + ladainha e
outros problemas.
Como é bom ter o nosso espaço! Um cantinho no mundo com aqueles que nos fazem bem. A estante de livros no quarto de estudos. As roupas
guardadas no armário, a prateleira com as maquiagens dispostas. Plantas
vistosas, cachorros brincando.
Levar tudo embora num caminhão e recomeçar de novo. Refletir.
Valorizar coisas simples. Sentir novamente o gostinho de recém-casados. Talvez
seja isso. O lado bom de toda essa confusão, fortalecimento dos laços,
amadurecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário